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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Dois taxistas são presos por envolvimento com tráfico no Rio

Segundo investigações, taxistas recebiam dinheiro para transportar drogas.
Para cada viagem, o dono do táxi recebia cerca de dois mil reais.


Dois taxistas foram presos nesta segunda-feira (22), em Inhaúma, Zona Norte do Rio, em operação da Polícia Civil para combater uma quadrinha de tráfico de drogas na Região Metropolitana. Segundo a polícia, foram encontrados com Sidnei de Freitas Paiva, de 43 anos e Vinicius Teixeira Ramos, de 23 anos, sete tabletes de maconha. De acordo com as investigações, taxistas recebiam dinheiro para transportar drogas que saiam de Manguinhos, Jacarezinho e Mandela.

De acordo com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Sidnei era o informante dos táxis que transportavam a droga. Ele seguia na frente dos carros, como se fosse um batedor. Em depoimento, Sidnei contou como era o serviço. Outros três taxistas, ainda não identificados, também fariam parte do esquema.

A polícia informou que para levar cocaína, crack e maconha para as Favelas de Antares, Rola e Sapo, em Santa Cruz, na Zona Oeste, para os morros da Coruja, em São Gonçalo, e Salgueiro, em Niterói, os criminosos contratavam taxistas. Por viagem, o dono do táxi recebia cerca de dois mil reais.

FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/10/dois-taxistas-sao-presos-por-envolvimento-com-trafico-no-rio.html

Internação compulsória de viciados em crack do Rio gera polêmica

Para magistrados, confinamento obrigatório depende de laudo médico.
Críticos afirmam que a ideia contraria o direito constitucional de ir e vir.

Eduardo Paes se reuniu com moradores do Jacarezinho nesta segunda (Foto: J.P.Engelbrecht / Prefeitura do Rio)
Paes se reuniu com moradores do Jacarezinho,
onde anunciou a medida de internação de viciados
(Foto: J.P.Engelbrecht / Prefeitura do Rio)


Por trás de cenas chocantes, existe uma discussão jurídica: o dependente de crack tem condições de saber o que é melhor para si? Nesta quinta-feira (25), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que defende a internação compulsória de adultos viciados na droga, vai a Brasília debater o tema com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A medida já vale para menores de idade desde maio do ano passado.
"Sei que isso é polêmico. Mas para a gente está muito claro que a pessoa dependente de crack não tem condições de tomar uma decisão", disse o prefeito.
A Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro  informou que a internação compulsória de dependentes químicos é permitida, desde que haja autorização da Justiça. Para isso, é preciso que um laudo médico comprove que o usuário de drogas não tem condições de conviver socialmente.
A  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defende a internação compulsória porque a dependência química é um caso de saúde pública. Porém, além de atendimento médico, é preciso oferecer assistência social, acrescenta a OAB.
Críticos da medida afirmam que a medida fere um direito constitucional: a liberdade de ir e vir. Para especialistas, não se trata apenas da internação em si, mas também da qualidade do tratamento que será oferecido ao dependente.
Desde março de 2011, quando começaram as operações da secretaria municipal de Assistência Social com a ajuda da polícia para retirar usuários de crack das ruas, mas de quatro mil viciados foram recolhidos. Nesse número também estão os reincidentes. Mesmo assim, se todo usuário de crack resolvesse ficar nos abrigos, a conta não fecharia. O município tem pouco mais de 500 vagas para dependentes químicos. Eduardo Paes quer criar 600 vagas emergenciais.

FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/10/internacao-compulsoria-de-viciados-em-crack-do-rio-gera-polemica.html

Usuários de crack voltam às ruas do Rio uma hora após serem acolhidos

Dos 63 viciados localizados pela prefeitura, 31 retornaram.
Paes vai à Brasília nesta quinta para defender internação compulsória.

Uma hora após a prefeitura do Rio de Janeiro recolher 60 adultos e três adolescentes usuários de crack, embaixo do viaduto da Ilha do Governador, no subúrbio, nesta quarta-feira (24), 31 dos viciados acolhidos voltaram para as ruas, como mostrou o Bom Dia Rio. A operação teve início, após equipes do RJTV flagrarem a cracolândia no local.
Nesta quinta-feira (25), Eduardo Paes se reúne com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para discutir a polêmica da internação compulsória de adultos viciados em crack, anunciada pelo prefeito na segunda-feira (22).
A Praça do Caracol é mais um endereço dos viciados em crack na cidade. Uma cracolândia que cresceu, depois da ocupação das favelas de Manguinhos e Jacarezinho.

Debaixo do viaduto da Ilha do Governador, na Avenida Brasil, em frente à favela Parque União, há um acampamento de usuários da droga, com barracas, móveis e até um berço. Nem os tapumes, nem mesmo as pedras colocadas no chão impediram que eles se acomodassem por ali.

Assim que os agentes da prefeitura chegam, eles correm. Na fuga, os viciados pulam os tapumes, as grades de proteção. Quem fica, resiste. Uma mulher ameaça os assistentes sociais com uma pedra e um homem se debate.

A prefeitura anunciou na segunda-feira a criação de 600 vagas para o tratamento de dependentes de crack. Eduardo Paes disse que pretende tornar compulsória a internação de adultos viciados na droga.

FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/10/usuarios-de-crack-voltam-ruas-do-rio-uma-hora-apos-serem-acolhidos.html